O bônus excepcional de poder de compra (PEPA), ou "bônus Macron" pode muito bem triplicar este ano, mas sob certas condições. Explicações.

Diante do aumento do preço do combustível na França, do aumento dos preços da energia ou mesmo dos alimentos, o poder de compra dos franceses parece cinza. Para ajudar as famílias mais pobres, o presidente Emmanuel Macron anunciou que quer aumentar o PEPA, ou seja, o bônus excepcional de poder de compra.
O que é PEPA?
O bônus excepcional de poder de compra, também chamado de bônus Macron, é uma ajuda financeira introduzida em 2018, após a crise dos coletes amarelos. Ainda hoje persiste. Mais concretamente, é pago por qualquer empregador que o deseje aos seus trabalhadores, em determinadas condições. Por exemplo, o salário do empregado não deve ultrapassar um determinado teto de renda (menos de 3,5 salários mínimos). Este bónus excecional está isento de qualquer contribuição e tem um limite máximo de 1.000 euros. Porém, pode dobrar em alguns casos (assinatura de acordo de participação nos lucros, empresa com menos de 50 funcionários). O bônus Macron é pago dentro do prazo previsto em lei. Aqui, entre 1º de junho de 2021 e 31 de março de 2022.
"Prime Macron" : por que passamos de 1.000 para 3.000 euros?
Se fosse reeleito e, portanto, buscasse um segundo mandato como presidente, Emmanuel Macron anunciou que queria triplicar o PEPA.Isto significa que o bónus excecional de poder de compra passaria de 1.000 para 3.000 euros, ainda sem encargos ou impostos. “As empresas vão poder emitir este bónus de poder de compra a cada trabalhador, até 3.000 euros por ano e até 6.000 euros quando houver contrato de participação nos lucros que seja assinado. É muito concreto, é poder de compra. Isso é o que chamo de dividendo do funcionário”, anunciou na quarta-feira, 23 de março, às 19h45 do M6. Por fim, não foi descartada a ideia de tornar obrigatório esse bônus excepcional.